Olá amigos... Calma, não me excomunguem pelo título acima. Vocês vão entender o que eu quero dizer.
Se o meu eu do presente pudesse ter uma conversa com o meu eu do passado (da época da faculdade de direito), sobre assuntos jurídicos, com certeza o meu eu do presente daria muita gargalhada do meu eu do passado. Ficou meio confuso, mas garanto que vocês entenderam.
Para ilustrar o que estou querendo dizer, vamos criar um diálogo:
– Nossa, o habeas corpus é a ação que se julga mais rapidamente, ela tem preferência de tramitação sobre qualquer outra! – bradou o meu eu do passado.
– KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK – riu descontroladamente o meu eu do presente.
– O artigo 5º da Constituição Federal é fantástico, com certeza todos os princípios e garantias são respeitados num processo judicial! – apregoou o pobre meu eu do passado.
– KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, cara, você é demais – disse aos risos o meu eu do presente.
- Você viu que o juiz tem de ser imparcial? Isso não é o máximo – asseverou emocionado o meu eu do passado.
– KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, putz, não é possível, você faz stand up comedy, não faz? – indagou, já sem fôlego, o meu eu do presente.
Bom, pessoal, já ilustrei como seria o papo de um estudante de direito com um advogado militante.
Apesar de o diálogo ter cunho humorístico, tenho uma coisa para lhes falar: a maioria de tudo o que você aprende na faculdade de direito não é igual quando da prática diária da advocacia. Lembro-me das sábias palavras do advogado Roberto Parentoni: “na prática a teoria é outra”.
No papel, na tinta preta sobre o papel branco, tudo é muito bonito, mas, no dia a dia, as nossas leis são aviltadas, precipuamente na lida da advocacia criminal.
Tenham força e coragem para labutarem nessa apaixonante área do direito, pois as dificuldades são grandes, mas a recompensa por um trabalho de excelência é magnífica.
Escrito em 25/02/2016